O edifício objecto de reabilitação, uma casa burguesa portuense do tipo iluminista/liberal de dois pisos e semi-cave, com frente para a Rua de Belos Ares, encontrava-se num estado de conservação razoável. 

O levantamento arquitectónico rigoroso, bem como o estudo diagnóstico, foram fundamentais na sustentação das intervenções permitindo que a operação fosse cirúrgica e criteriosa na salvaguarda de elementos existentes, sobretudo num cenário de escassos recursos por parte do Dono de Obra, uma família com filhos pequenos.

Foi possível recuperar e integrar inúmeros valores (compartimentação, vãos, sistema construtivo, revestimentos...), corrigindo anomalias e más intervenções realizadas ao longo do tempo.

As intervenções foram sobretudo de actualização de infraestruras e de potenciação da luz natural no interior.

A intervenção mais (ou menos) visível realizou-se no tardoz, que se encontrava bastante adulterado, com a reposição do revestimento em ardósia.