Casa do Rosário - Casa do Rosário
Menção honrosa
Reabilitação de Edifício Habitacional
Casa do Rosário
Rua do Rosário, Cedofeita, Porto
![](/documents/46098/47230/F02_ROSARIO_JOSE_CAMPOS_HIGH_0002.jpg_112207793.jpg/922b67ef-7856-3540-4d24-e5c619188ce4?t=1554906378424)
PROMOTOR
Entidade Promotora
António Leitão
EXECUÇÃO
Entidade Construtora
António Costa Gomes
PROJECTO
Autor do Projeto
Atelier depA - Arquiteta Margarida Leitão
A Casa do Rosário já tinha quase tudo. Uma escala confortável, uma matriz compositiva ajustada e uma atmosfera cativante. O grande desafio foi hiperbolizar a sua alma doméstica, desenhando pouco, transformando ainda menos.
O entendimento da matriz compositiva e construtiva encontrada como um todo, como uma estrutura a preservar capaz de se adaptar, como contentor para vários programas é a garantia de que esta casa que já foi uma, que agora são cinco e que também já foram três pode facilmente voltar a ser tudo isso outra vez. A madeira já fazia parte da composição - foi reabilitada, reutilizada e enxertada.
A escolha dos momentos de transformação foi crua e pragmática ¿ aumentou-se o espaço habitável reconfigurando a cobertura e as varandas voltadas para o pátio com recurso a elementos de madeira lamelada e revestiram-se os espaços molhados (cozinhas, casas de banho e varandas) com mosaico hidráulico.
Na reabilitação foi conservada e reforçada a estrutura de madeira, foi mantido e somado o soalho de pinho nacional, foram relocalizados vários elementos construtivos como portas aros e guarnições, acrescentadas bandeira centenárias que foram rejeitadas de outros edifícios (que aqui viraram janelas de batente na nova fachada tardoz) e deixaram-se a nu alguns dos elementos/técnicas construtivas originais (paredes de tabique, barriga da claraboia, estrutura da cobertura) como manifesto de resistência que grita "eu ainda sou o que era".
O edifício espelha hoje a diversidade do cosmopolitismo contemporâneo, fundindo o intrínseco ambiente doméstico do Porto, com peças de mobiliário novas desenhadas à medida a partir de elementos de madeira de riga reciclados da própria obra, como os roupeiros sem portas, os móveis aparadores e as mesas, com adição de elementos fabricados com painéis novos em "tricapa" de madeira de abeto, como as camas e os móveis de cozinha.
O entendimento da matriz compositiva e construtiva encontrada como um todo, como uma estrutura a preservar capaz de se adaptar, como contentor para vários programas é a garantia de que esta casa que já foi uma, que agora são cinco e que também já foram três pode facilmente voltar a ser tudo isso outra vez. A madeira já fazia parte da composição - foi reabilitada, reutilizada e enxertada.
A escolha dos momentos de transformação foi crua e pragmática ¿ aumentou-se o espaço habitável reconfigurando a cobertura e as varandas voltadas para o pátio com recurso a elementos de madeira lamelada e revestiram-se os espaços molhados (cozinhas, casas de banho e varandas) com mosaico hidráulico.
Na reabilitação foi conservada e reforçada a estrutura de madeira, foi mantido e somado o soalho de pinho nacional, foram relocalizados vários elementos construtivos como portas aros e guarnições, acrescentadas bandeira centenárias que foram rejeitadas de outros edifícios (que aqui viraram janelas de batente na nova fachada tardoz) e deixaram-se a nu alguns dos elementos/técnicas construtivas originais (paredes de tabique, barriga da claraboia, estrutura da cobertura) como manifesto de resistência que grita "eu ainda sou o que era".
O edifício espelha hoje a diversidade do cosmopolitismo contemporâneo, fundindo o intrínseco ambiente doméstico do Porto, com peças de mobiliário novas desenhadas à medida a partir de elementos de madeira de riga reciclados da própria obra, como os roupeiros sem portas, os móveis aparadores e as mesas, com adição de elementos fabricados com painéis novos em "tricapa" de madeira de abeto, como as camas e os móveis de cozinha.