O edifício existente, compreende uma área de aproximadamente 2700 m2, é reestruturado para receber a componente destinada a exposições, cujo tema principal é a história da formação urbana, social e cultural da cidade e do vasto e rico território concelhio. Compreende ainda espaços para a realização de conferências e áreas de extensão educativa. A exemplo dos inúmeros solares urbanos, existentes em Vila do Conde, a peça cenograficamente mais cuidada é a escada de acesso ao 1º andar. Enquanto nos restantes solares urbanos a escada é construída no interior do átrio de acesso ao segundo piso, a Casa de S. Sebastião corresponde ao modelo dos solares rurais do Minho, com o escadório disposto no exterior do perímetro do edifício. A sua localização é lateral à fachada ¿principal¿ orientada à rua, desenvolvendo-se a partir de um pátio, quase interior, acessível, através de um portal encimado por um brasão hoje apeado. O projeto de reestruturação deste edifício e seu ajuste aos princípios do programa funcional preconizado, formaliza a distribuição das diferentes valências, através de três classes de espaços de funcionamento autónomo e interdependente. A casa antiga compreendia uma área agrícola de razoável dimensão, permitindo desenhar um jardim com quase 7000m2, dentro dos muros antigos do Solar, mantendo no antigo quintal, agora jardim urbano, as pré-existências características de Vila do Conde medieval. Foi retomado o tema da água existente em minas no subsolo, correndo agora à superfície, acompanhando os percursos principais.

(extrato da Memória Descritiva)