REQUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS DA MOURARIA DE MOURA - REQUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS DA MOURARIA DE MOURA
(...) mereceu elogio do júri como sendo de "referência dentro do enquadramento. Considerou-se uma intervenção mais interessante pelo facto de ser simples e útil, preservando o fundamental e as características locais". Foi considerado "uma intervenção exigente nos detalhes arquitetónicos e estruturais, apesar da sua aparente simplicidade". Foi mencionada a existência de marcas de humidade nas fachadas dos edifícios, no entanto o júri entendeu que "as marcas eram precedentes à intervenção, pelo facto de se ter constatada uma boa manutenção geral dos espaços e no sistema de drenagem". (...) Considerou-se uma intervenção minimalista e a mais bem resolvida face ao Regulamento do Prémio, integrando no conjunto de forma discreta.
(Extraído da Ata nº 2)
A Mouraria de Moura é um importante testemunho físico da influência árabe no sul de Portugal. Além de ser uma das maiores e mais bem conservadas Mourarias da Península Ibérica, o seu tecido urbano e as tipologias arquitetónicas preservam ainda a unidade urbanística. Estas características, assim como o seu valor histórico e patrimonial estiveram na base da sua classificação, em 1993, como Imóvel de Interesse Público.
A intervenção de Requalificação dos Espaços Públicos da Mouraria de Moura compreendeu, essencialmente, as seguintes ações: repavimentação das ruas com reformulação dos sistemas de drenagem de águas, valorização do espaço público como espaço complementar de permanência de pessoas, introdução de arte urbana nos pavimentos da Mouraria integrada nos padrões existentes na envolvente e de acordo com a cultura árabe, introdução e reforço nos espaços públicos da presença de árvores, remodelação da iluminação pública e introdução de iluminação decorativa, remoção da cablagem e infraestrutura aérea, construção de novas infraestrutura enterradas, limpeza das fachadas e alteração da circulação viária na Mouraria.
A intervenção na Mouraria procurou estabelecer uma continuidade com a cidade, valorizar a identidade patrimonial e cultural do conjunto arquitetónico e promover a vivência dos seus espaços públicos.
(extrato da Memória Descritiva)