EMPREENDIMENTO DE 32 FOGOS EM PADINHO - EMPREENDIMENTO DE 32 FOGOS EM PADINHO
Menção honrosa
Construção de Promoção Municipal
EMPREENDIMENTO DE 32 FOGOS EM PADINHO
Município de Vila do Conde
PROMOTOR
Município de Vila do Conde
EXECUÇÃO
António da Silva Campos, S.A.
PROJECTO
Arquiteto Miguel Barreiros Leal
COMENTÁRIO DO JURI
Este conjunto habitacional formado por edifícios unifamiliares de dois pisos, em banda contínua, distingue-se pela harmonização entre a construção e os diferentes espaços exteriores, privados e colectivos, protegidos e intimistas, bem equipados, onde não faltam árvores ornamentais que climatizam todo o conjunto. É um programa que tem em conta as características vivenciais das famílias que se pretendem realojar, uma população rural ligada ao cultivo da terra e que associa esta importante qualidade à satisfação residencial e ao desenvolvimento de uma estimulante escala humana, que caracteriza toda a intervenção.
O conjunto destas trinta e duas habitações perfazem o remate poente de um loteamento habitacional pré-existente e ocupam uma área sensivelmente plana, que confina e é sobranceira a uma cota mais elevada. Todas as habitações se constituem como bandas de dois pisos com rés-do-chão e primeiro andar, exceptuando duas habitações térreas do tipo T1. As habitações do tipo T1 duplex, T2, T3 e T4 organizam-se em dois pisos, funcionalmente distintos. A quase totalidade das moradias garante a existência de duas pequenas áreas exteriores e privativas destinadas a ser ajardinadas, situadas, quer no interior do quarteirão, quer na faixa de terreno que separa as moradias da via pública. Todas as moradias possuem no limite posterior do terreno e confrontante com os lotes pré-existentes do loteamento, uma lavandaria coberta, associada a uma parcela de terreno/horta. Estes espaços afectos às habitações são contíguos entre si e conformam um volume que perfaz o remate visual com os terrenos confrontantes e as respectivas construções anexas que eles aí possuem, ficando separados dos quintais posteriores das habitações por dois vastos logradouros comuns. Esta área comum, pela sua escala e pela articulação que possuí com os diversos espaços exteriores privados, deseja-se potenciadora de hábitos e relações de vizinhança, sendo propícia a praticas de lazer ao ar livre. A cércea reduzida de todo o empreendimento funciona como uma garantia de escala de todos estes espaços, privativos ou comuns, enquanto que, simultaneamente, proporciona uma desejável humanização, quer do espaço público (lado da rua), quer do espaço semi-privado (lado interior).