Prémio
Reabilitação e Qualificação de Espaço Público
REVITALIZAÇÃO DO PARQUE DA PONTE
Braga
PROMOTOR
Município de Braga
EXECUÇÃO
Soares & Grego, Lda
PROJECTO
Arquiteto Sérgio Borges
Arquiteto Miguel Castro
Arquiteto Paisagista Carlos Arantes
COMENTÁRIO DO JURI
A revitalização do Parque da Ponte, é uma intervenção criteriosa que teve em conta a estrutura romântica deste espaço, onde se salvaguardam, a modelação do terreno, o circuito da água, as espécies de porte exemplar e/ou de relevância botânica e as construções existentes. Os novos equipamentos estabelecem uma relação mimética com toda a envolvente, valorizando e potenciando as possibilidades de utilização deste espaço. O cuidado no desenho, dedicado e exclusivo do mobiliário garante uma coerência de forma de todo o espaço. Esta reabilitação permitiu recuperar uma zona verde abandonada, rejeitada e de má utilização, num espaço de lazer, atrativo e de uso intenso.

O Parque da Ponte, um espaço de lazer arborizado com cerca de sete hectares e meio insere-se no espaço urbano da cidade de Braga. Este Jardim Romântico que se enquadra na imagem do movimento cultural Romântico do século XIX, encontrava-se bastante degradado e descaracterizado. Esta intervenção procurou clarificar e recaracterizar os espaços através do redesenho dos percursos e espaços verdes. Foram executadas: a renovação das infraestruturas eléctricas, das drenagem de águas pluviais, do sistema de rega e do abastecimento de água, repavimentação e dotação do espaço para uma melhor fruição do parque e ainda a construção de um conjunto de edifícios destinado a equipamentos, como sejam a sede dos Amigos do Parque e a sede dos Amigos da Ponte, um restaurante e bar adossados ao lago e a conversão do edifício do horto em videoteca municipal. Pretendeu-se alargar e melhorar o seu uso, tomando como referência os parques urba¬nos contemporâneos onde para além do espaço natural, os utentes encontram um conjunto de valências que melhoram a permanência e o uso do parque. Para a implementação do novo parque utilizou-se uma geometria base para o desenho de edifícios, pavimentos, equipamento e mobiliário urbano de modo a garantir unidade na intervenção, estabelecendo também uma relação temporal bem definida entre o que foi preservado e o que foi introduzido de novo.

(Extrato da Memória Descritiva)