No seguimento da intervenção/requalificação no território de Alburrica, foi proposto a construção de um percurso, em passadiço sobre o rio, que permitisse fruir todo o território, tornando-o um circuito/observatório sensível ao valor paisagístico do local, tocando-o cirurgicamente, mimetizando em termos de forma a ¿original¿ configuração dos taludes das caldeiras, permitindo desta forma ligar a malha da cidade, com o restante território ¿in rio¿ onde se situam os moinhos de maré e de vento. Objectivo, acrescentar ainda mais valor à identidade do território.

Foi proposto a construção de três passadiços, que ligam directamente a malha da cidade, entre a Rua Miguel Pais e os três moinhos de vento de Alburrica. Os passadiços fazem parte de um conjunto de percursos pedonais de penetração no território de Alburrica, cujo traçado se inicia junto ao Largo do Moinho Pequeno, e passará por todos os moinhos de maré ai existentes. Já apelidados de ¿passadiços de Alburrica¿ este é o verdadeiro percurso dos moinhos.

A intervenção pretendeu com o tipo de solução e materiais empregues, responder positivamente do ponto de vista ambiental, tendo em conta os critérios de sustentabilidade para este tipo de obra, designadamente na utilização de matérias compósitos reciclados (exemplo do tipo de piso e de guardas proposto para os passadiços), o tipo e quantidade de apoios a construir sobre o rio, a iluminação proposta, assim como na limpeza efetuada na antiga ¿península piscatória¿ um amontoado de barracas e lixo que existia sobre as caldeiras.

A solução preconizada, ¿defende¿ o espaço e dota-o de maior atractividade, trata-se de uma intervenção criteriosa que mantêm o melhor que perdurou, e promove a requalificação ambiental e paisagística da restante área de Alburrica.

(extrato da Memória Descritiva)