Prémio
Reabilitação Urbana | Reabilitação de edifício habitacional
Restauração 430
Rua da Restauração, Porto
PROMOTOR
Entidade Promotora:
Country Corner – Gestão e Investimentos Lda
EXECUÇÃO
Entidade Construtora
Matriz Sociedade de Construções, Lda.
PROJECTO
Autor do Projeto
César Machado Moreira e Cláudia Dias
COMENTÁRIO DO JURI
Prémio Especial do Júri

O projeto faz parte de um conjunto de dois prédios existentes localizados nos números 428 e 430/432 respetivamente com frente urbana para a Rua da Restauração e terreno com frente para a Rua da Bandeirinha, que foram reabilitados e ampliados para habitação plurifamiliar.

O edifício com o número 428 possui-a 4 pisos e encontrava-se num estado de conservação razoável apesar de terem sido destruídos importantes elementos arquitetónicos no seu interior. O edifício com o número 432, com 5 pisos e estava em pior estado de conservação. O projeto iniciou-se em 2007 e teve diferentes donos de obra e diferentes objetivos. Inicialmente previa-se a junção dos dois prédios para 7 apartamentos incluindo a criação de um novo volume voltado para a Rua da Bandeirinha.

Em 2012, a alteração do titular do processo e a crise generalizada em que o sector da construção se encontrava levou a um novo programa. A pretensão não alterou o destino do projeto mantendo-se a habitação multifamiliar, mas previu 11 unidades habitacionais com tipologias T0, T1, T2 e T3 em substituição das 7 unidades habitacionais, de grandes dimensões, previstas no projeto inicial e desistindo da construção voltada para a Rua da Bandeirinha, após sondagens que revelaram um solo rochoso.

Dado o abandono a que os dois edifícios foram votados nos anos decorrentes, o interior sofreu uma grande deterioração, não tendo sido possível a recuperação de muitos dos elementos interiores como se ambicionava no projeto inicial. A entrada de água pelas coberturas levou ao desabamento de vários pavimentos interiores e dos elementos a eles agregados. O projeto manteve as paredes principais e a reposição dos elementos que as caracterizavam em ambos os edifícios, rodapés, lambrins e portadas em madeira. A estrutura teve que ser alterada para lajes aligeiradas de forma a permitir a construção e dotar os edifícios de melhores condições, sobretudo nas questões relacionadas com o comportamento térmico e o acústico. A estrutura existente já não apresenta qualquer possibilidade de ser recuperada.

Lateralmente foi criado um novo corpo colado ao edifício voltado para a Restauração para os acessos verticais, escadas e elevador.

Os dois edifícios são unidos entre os pisos 1 e 2 permitindo o acesso a todos os apartamentos desde da entrada principal ou diretamente pela rua da Restauração.

A qualidade das carpintarias de um edifício levou a recuperar-se todas as portas, assim como rodapés, lambrins e corrimão das escadas. Agora adaptados à nova configuração interior.

Todas as fachadas foram recuperadas segundo o desenho original, mantendo as suas características arquitetónicas.

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