Prémio Nuno Teotónio Pereira 2022

Decorreu no dia 30 de janeiro, no Museu da Eletricidade, em Lisboa, a cerimónia de entrega das distinções do Prémio Nuno Teotónio Pereira que contou com a presença da Exma. Sra. Secretária de Estado da Habitação, Fernanda Rodrigues.

Sendo este o prémio mais antigo do setor do imobiliário, em Portugal, o Prémio NTP, que distingue os resultados reveladores do domínio técnico incentivando as boas práticas neste âmbito, reuniu no ano 2022 candidaturas na vertente de Reabilitação Urbana e na vertente de Produção Cientifica.

A presente edição registou 55 candidaturas a concurso, 45 na vertente de Reabilitação Urbana e dez candidaturas na vertente de Trabalhos de Produção Científica.

O Júri, na vertente de Reabilitação Urbana, presidido pelo Arq.º Fernando Almeida, entendeu distinguir 7 candidaturas e atribuir 3 prémios, 1 prémio especial e 3 menções honrosas.

Na vertente de Produção Científica, o Júri, presidido pela Dr.ª Isabel Dias, entendeu distinguir 2 candidaturas, tendo atribuído 2 prémios.

» Regulamento do Prémio NTP 2022


angle-left null Reabilitação/conversão de edifício de escritórios para habitação e retalho na Av. da Liberdade, 266
Prémio
Reabilitação Urbana | Reabilitação de Edifício Habitacional
Reabilitação/conversão de edifício de escritórios para habitação e retalho na Av. da Liberdade, 266
Lisboa
Edificio escritorios habitacao retalho
PROMOTOR
Avenue
EXECUÇÃO
HCI Construções SA
PROJECTO
Contacto Atlântico Arquitectos
COMENTÁRIO DO JURI
Prémio Especial do Júri

O 266 Liberdade representa um tributo a um dos edifícios mais icónicos da cidade de Lisboa, o edifício Diário de Notícias.

Classificado como imóvel de interesse público, foi o primeiro edifício de Arquitetura Industrial Moderna da Avenida da Liberdade e o primeiro a ser projetado de raiz para alojar um jornal.

A reabilitação e a sua conversão para habitação e retalho, teve como orientação e foco devolver ao edifício o seu esplendor original, de acordo com a obra do seu autor, o arquiteto Porfírio Pardal Monteiro. As fachadas foram reabilitadas com a preservação de todos os elementos marcantes, mantendo a linguagem e a imagem do edifício. Os elementos históricos e artísticos de época foram enquadrados na organização dos novos interiores, que foram dotados das características técnicas, funcionais e estéticas adequadas ao novo uso.

A conversão do edifício permitiu, a par da reabilitação do património, a criação de habitação de qualidade superior, com o objetivo de fixar população nesta zona central da cidade e a conversão do antigo hall público do edifício, localizado no piso 0, numa loja, ao mesmo nível das existentes na principal artéria de Lisboa e onde se encontram as mais ilustres marcas de luxo. Com 1.300 m2, é um espaço único, proporcionado pelos frescos de Almada Negreiros, originalmente criados para o jornal e que foram preservados.